domingo, 29 de janeiro de 2012

Seleção de livros: Faixa etária X características da leitura


1 - 2 ANOS: Idades que a criança não se prende a uma história. O que interessa é o movimento, o tom da voz e o colorido das páginas. Tudo desperta atenção! A leitura mais adequada é frase a frase, de modo solto, curto. Trazer temas da realidade da criança, utilizando palavras simples, próximas ao vocabulário por ela utilizado.


2- 3 ANOS: Despertam interesse as histórias curtas, com poucos detalhes e personagens. A criança vive a história como se fosse real. Tudo tem vida. Consegue fazer interação com os personagens e acontecimentos, com tentativas de explicar e mostrar como são.


3 - 5 ANOS: É o período em que as histórias passam a ser mais elaboradas. É possível contar histórias com maior riqueza de vocabulário, com narrativas simples e de fácil compreensão. A criança ainda se assusta com facilidade, uma vez que não separa completamente realidade e fantasia. É preciso tomar cuidado com o tom de voz, os personagens malvados, fatos mais assustadores. Também é comum a leitura visual de todas as imagens, e a criação da própria história, a partir da seqüência presente no livro, sem se prender muito ao código escrito.


6 - 7 ANOS: É um momento novo. Às vezes, com dificuldade, a criança começa a ler, decifrando o código escrito e apropriando-se do texto. As histórias curtas, com vocabulário simples e usual são as mais indicadas, especialmente sobre assuntos do cotidiano da criança.


8 - 9 ANOS: É a fase das histórias engraçadas, bem-humoradas. Os gibis são ótimos, especialmente quando aliam essas características à questão estética , com um texto leve , de fácil compreensão, de leitura rápida e personagens diversos. A criança nessa faixa, normalmente, já domina a leitura e é capaz de fazer interpretações.

9 - 10 ANOS: Idade do interesse por textos mais longos, histórias mais ricas em personagens, diálogos e situações. Os temas que mais atraem são os de aventura, ficções fantásticas e também histórias reais.

11 ANOS EM DIANTE: O interesse cresce a partir de fatos reais, polêmicos, ligados à temas da realidade social. Há também interesse por grandes aventuras, invenções do mundo moderno e histórias do futuro, incluindo narrativas sobre o fim do mundo.

créditos: Alfabetização e Cia

sábado, 28 de janeiro de 2012

Caderno de recados _ Educação Infantil


Sou um caderno
muito especial
Os pais com as professoras
por mim vão se comunicar

Não me risquem
Não me rasguem
Não me percam por favor!
Organizado e limpinho
Sempre estou!

Levarei as novidades
da escola para o lar
Lembre-se: Nem um dia
em casa posso ficar

Depois de ler
Não se esqueçam de assinar
Pelas mãos de um amiguinho
Para escola vou voltar!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Adaptação Escolar


Esse período de retorno às aulas uma questão merece destaque e reflexão: o acolhimento aos alunos.
O acolhimento é uma situação vivenciada cotidianamente por crianças e adultos.
Ela explica que a maneira como o aluno é recebido na escola é que vai definir como ele irá se relacionar com o ambiente de estudo. E o acolhimento tem vários pontos de vista: o da criança, o dos professores, o da família.
O começo do ano é vital para a adaptação dos estudantes. Eles descansaram, conviveram com as pessoas da família, com amigos do bairro e brincaram muito. A escola precisa se preparar para o retorno desses alunos.
É importante a elaboração das atividades para recebê-los. As crianças precisam sentir que são queridas e que a volta delas para a escola é desejada. as atividades de volta às aulas as crianças devem proporcionar oportunidade de contar como foi vivido o momento de férias. A criança pode trazer informações importantes. E essa relação tem que ser autêntica. O educador precisa respeitar a criança como pessoa inteira, com ideias sentimentos e reações.Pois, deixar isso para trás e voltar a conviver com os colegas de classe, de forma disciplinada, dedicada e concentrada é difícil.
Isso requer um período de adaptação, de acolhimento, no qual a criança precisa de ajuda e compreensão do professor. Basta o educador lembrar o que ele mesmo sente quando volta das férias e tem necessidade de uns dias para se readaptar ao trabalho.
Por isso, as atividades de retorno precisam ser bem elaboradas, prevendo mais tempo para socialização, para conhecer as brincadeiras que os alunos aprenderam durante o recesso, até o recreio precisa ser maior durante esse período de acolhimento.
A escola não pode deixar de refletir sobre ocorrências inesperadas, não de lazer, que podem ter acontecido nas férias, como: doença, morte em família ou até a separação dos pais. Na verdade, a escola precisa apropriar-se da história do aluno para, inclusive, planejar como lidar com o ocorrido sem interferir no desenvolvimento dele. Uma fatalidade não pode ser olhada exclusivamente pela história de vida do professor pois, às vezes, na melhor das intenções, ele acaba excluindo a criança que viveu algum problema, pensando em poupá-la. E isso não é certo.
O aluno deve sempre ser integrado ao grupo pois esse é o melhor caminho para ele superar qualquer dificuldade.
Carinho – O acolhimento não deve ser confundido com expressão de carinho por parte dos educadores.O carinho é super importante desde que seja verdadeiro, autêntico. Mas a verdade é que ninguém gosta de todo mundo igual. As demonstrações de carinho devem respeitar isso. É importante receber todos de forma igual. As crianças não se incomodam com isso. Elas se incomodam com a falsidade.
No caso das crianças da educação infantil, que são pequenas, são gracinhas, bonitas, as professoras gostam mesmo de abraçar, de demonstrar cuidados maiores. Mas neste caso elas estão sendo autênticas pois as crianças pequenas inspiram carinho e no infantil não há apenas a professora há também a assistente dividindo as atenções.Com os alunos do ensino fundamental, que já são questionadores e, às vezes, menos disciplinados. A demonstração de carinho nesta situação não é tão importante quanto a boa recepção, a preocupação com a adaptação e com um acolhimento igual para todos.
O acolhimento pode definir o futuro do aluno na escola. Se ele não for acolhido, bem-vindo, isso pode gerar uma situação radical. O estudante precisa entender o jeito, a cultura escolar, para nunca ficar deslocado. A criança precisa estar consciente de que o ambiente escolar pode funcionar de maneira diferente da casa dela.
Portanto, o professor precisa explicar muito bem as normas de funcionamento da escola, para que as crianças entendam, por exemplo, a hora certa de ir ao banheiro, de falar, de brincar, de se concentrar, como usar um talher na merenda e, assim, evitar situações que gerem conflito com a escola durante o processo de adaptação.
Para todas as idades – Não há idade para o acolhimento. Os professores devem ter em mente que a palavra adaptação foi substituída pela palavra acolhimento. E os novos alunos, de qualquer idade, em qualquer situação, precisam ser acolhidos. E o acolhido precisa ter oportunidade de mostrar o que sabe, de expor suas expectativas, precisa ficar ciente das normas. Por isso, o professor precisa conhecer mais os alunos, para saber onde eles querem chegar.
O acolhimento envolve toda a transição da criança, de casa para a escola. E começa já na decisão dos pais de matricular o filho em uma determinada escola. Na primeira informação que é dada aos pais já começa o acolhimento da família. Isso precisa ser preparado, é importante haver material impresso com todas as informações importantes. A entrevista com os pais é fundamental.
E para a psicóloga, esse processo também deve ocorrer na escola pública. Não deve nunca haver estranhamento com os pais que vêm se informar sobre a formação dos professores, sobre a escola.
A sociedade precisa valorizar o acolhimento e entender a importância das mães, pais ou responsáveis participarem do processo da adaptação dos filhos na escola. É o momento dos pais transferirem uma parcela da responsabilidade da educação para a escola e da criança deixar a segurança do lar. Há crianças que choram, que não comem, que não dormem. A mãe (ou o pai, ou responsável) precisa estar presente na transição da casa para a escola. Esse adulto precisa ter o direito de liberação do trabalho para participar desse momento tão importante de acolhimento e de adaptação do filho na escola.

FONTE: Diário na Escola, AGO/2003 (http://www.formaremrede.org.br/biblioteca/0011.pdf)

Créditos: Alfabetização e Cia

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dicas importantes para a educação dos filhos



Uma criança aprende mais pelo que vê do que pelo que ouve

Isso quer dizer que seu exemplo de vida, vai ficar impregnado em seus filhos muito mais do que discursos ou sermões. Não siga o ditado "faça o que eu digo mas não faz o que eu faço". Não dá certo. Por isso é que os filhos se parecem com os pais, porque imitam tudo o que os pais fazem e dizem. Eles copiam o jeito de falar, de agir, de comer, de se vestir, de andar, etc. Vocês pais são os referenciais de conduta de seus filhos. Vocês são os herois dos pequenos. Seja um heroi de verdade. Seja um heroi do bem, um heroi positivo.


Brincar educa

Crianças precisam brincar. A brincadeira faz parte de seu desenvolvimento, amadurecimento, socialização e interação com o mundo que o rodeia. Quando a criança nasce ela não sabe brincar, precisa aprender. E quem vai ensinar essa criança a brincar? Os pais, principalmente, mas também os outros adultos que convivem com ela. Como? Brincando com ele e não mandando "vai brincar".

Brinquem com seu filho com brincadeiras simples que possam ser um momento delicioso para eles e para vocês também.


Bater não educa

Bater não educa. Por quê? Porque quando os pais batem é porque estão cansados, estressados, nervosos ou brigaram com alguém e não conseguem resolver a situação com os filhos de outra maneira. Então vai um tapa, ou vários. Ferem, machucam, agridem os filhos e, no fundo, também os pais. Pode mudar o comportamento? Talvez. Educa? NÃO. Como resolver? Estabeleça regras, um método de disciplina (que é ensino, não castigo!) e um incentivo para ensinar os filhos que esse comportamento está errado e que você vai ensinar o comportamento certo.


Importância das horas de sono

• O sono é um momento fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança. No momento em que ela dorme, além de descansar seu corpo, acontece um processo de assimilação do aprendido e incorporado durante o dia, das experiências vividas, das emoções experimentadas e de tudo o que tem a ver com o dia a dia de uma criança. Por isso é tão importante que essas horas de sono sejam programadas pelos pais, incorporadas à rotina e cuidadas como algo muito precioso.

• Cada idade, durante o crescimento da criança, requer um tempo maior ou menor de sono. Quando o bebê nasce, ele passa a maior parte do dia dormindo com intervalos para mamar, tomar banho, brincar e responder aos estímulos dados pelos pais e pelos adultos que convivem com ele. Sim, é importante que desde bebês as crianças tenham um rotina onde estão incluídos o brincar, o dormir, o acordar, o mamar e o começar a conectar-se com o mundo. Faça um teste e verá o resultado.

• À medida que a criança vai crescendo, vão diminuindo os períodos de sono durante o dia e aumentando os períodos acordados, já que as atividades a serem realizadas durante esses momentos são mais estimuladoras, as brincadeiras chamam mais a sua atenção e a criança tem mais motivos para querer ficar acordada aproveitando tudo o que o mundo e sua família oferece. Mesmo assim, ele deve ter um longo período de sono noturno e duas sonecas durante o dia, uma de manhã e outra de tarde. Se você conseguir manter esse ritmo verá que seu filho estará bem disposto, de bom humor e pronto para brincar, aprender e desenvolver durante o resto do dia.

• Uma criança que tem horário para dormir e para acordar é uma criança feliz. Isso porque significa que tem uma rotina que dá segurança para ele e seus pais. Quando a criança começa a frequentar a escola, geralmente dorme somente à noite, por isso ela deve dormir umas 10 horas para poder recuperar as energias gastas durante o dia e incorporar no seu cérebro, no seu interior todas as informações recebidas durante o dia. Ah! E também é importante para que seus pais tenham um tempo de descanso e de conversa para trocar ideias, assistir um filme e também para namorar.

Cuidado para não ser um pai superprotetor
• Os pais devem educar seus filhos para serem autônomos. Quando bebê, a criança é totalmente dependente dos pais. À medida que ela cresce, deve aprender a realizar certas tarefas sozinha, de acordo com sua idade e suas possibilidades, como tomar banho, vestir-se, comer, escovar os dentes, arrumar os brinquedos, etc. Claro que sempre sob a supervisão dos adultos que previamente irão ensinar como realizar as tarefas. Assim elas crescerão responsáveis, confiantes e independentes.
• Os pais que superprotegem seus filhos, que fazem tudo por eles e não os deixam experimentar por si só as novas e diferentes situações, não dão a eles a condição de enfrentar os problemas que todos nós podemos encontrar na vida, sejam de ordem psicológica, física ou emocional. Vivemos numa época de muitas incertezas, no entanto, é importante permitir o contato com a realidade para que eles aprendam, aos poucos, a enfrentar situações novas.
• Você sabe quais são as consequências que a superproteção pode gerar na criança? Seus filhos podem crescer inseguros, sem iniciativa, agressivos, tímidos, estressados, egocêntricos, com baixa autoestima, infelizes e incapazes de tomar decisões e de solucionar problemas. A solução não é deixar seus filhos livres ao vento mas educá-los e orientá-los para que aprendam a enfrentar as situações com autonomia e determinação.

O que é respeito? Como se ensina a respeitar?

• O que é respeito? É dar atenção, honra e consideração. Respeitar para ser respeitado, essa é a chave do sucesso. Esse é o lema que todos devemos aprender. Onde deve começar? Em casa, entre os pais, para que seja um exemplo a ser seguido pelos filhos. Quando começar? Desde que o bebê nasce e ele pode ver que o respeito reina em sua família.

• A criança aprende a respeitar quando ela tem bons exemplos em casa. Não adianta ensinar seu filho a não xingar ou não gritar, quando ele vê você fazer isso diariamente, dentro e fora de casa. Assim é importante que os pais ajam sempre como o tipo de pessoa que eles gostariam que seus filhos fossem. Lembrem que os pais são modelo e referencial para seus filhos.

• Muitos pais confundem respeito com permissividade. Absolutamente errado. Respeitar os filhos não é deixá-los fazer o que eles querem. Os pais são responsáveis pela educação dos filhos e faz parte dessa educação colocar regras e limites e orientá-los sobre como se comportar. Mas também precisam ouvir a criança, conhecer os filhos, dar atenção e consideração. Assim eles se sentirão amados e cuidados em suas necessidades.



Momentos de lazer são muito importantes para a criança

• Estabeleça uma rotina para que seus filhos tenham esses momentos, livres de toda responsabilidade de atividades escolares ou outros compromissos diários para poder brincar. Cuidado para não sobrecarregar sus filhos com atividades extra escolares como aulas de inglês, computação, natação, futebol, ballet, etc., etc., etc. É muito bom que as crianças façam esportes e estudem inglês, mas cuide de que não seja em excesso.



Retirado: http://www.sbt.com.br/supernanny/dicas/default.asp?id=all

Créditos: Meus trabalhos pedagógicos

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

- Texto para Primeiro Dia de Aula

Este ano será um sucesso se...


Este ano será um sucesso se...
houver um sorriso de otimismo,
um sonho de beleza em seu coração e
poesia nas pequenas coisas: na simplicidade da flor,
na inocência das crianças, no silêncio interior,
na amizade, no momento presente,
na oportunidade de ser bom, ser amigo e compreensivo;
sensível ao sofrimento alheio,
grato ao passado que lhe proporcionou experiências para o futuro.


Este ano será um sucesso se...
você for franco sem ferir,
tiver fé em si, no próximo e em Deus e,
acima de tudo, expressar o que pensa do outro
com uma palavra de carinho, de apoio,
de reconhecimento, de bondade e encorajamento.


Este ano será um sucesso se...
você souber vencer a preguiça, o orgulho,
a indiferença ao sofredor, a tentação da riqueza, da intriga e da inveja,
da intolerância ao ignorante, ao que tem idéias diferentes das suas,
ao menos inteligente, ao egoísta, ao mesquinho.


Este ano será um sucesso se...
você socorrer a quem precisa, aconselhando-o,
estendendo-lhe a mão, dando-lhe ajuda no momento certo,
economizando bens materiais,
esbanjando amor e solidariedade,
entendendo a criança e o idoso,
o adulto que não teve infância e aquele que não sabe amar.


Este ano será um sucesso se...
você der um “bom dia” de coração e
enfrentar com esportividade as desventuras, semear a paz e o amor,
vibrar com a felicidade alheia, com a beleza do sol acordando o dia,
com a gota de orvalho na flor.


Este ano será um sucesso se...
você valorizar cada vitória e o mundo de oportunidades
que se abrirem diante de você e,
começar cada dia com Deus!


Se você for sensível a tudo isso,
então este ano será um sucesso para você e
para os que viverem ao seu redor!


(autor desconhecido)
(fonte: http://prokriseducando.blogspot.com)

Créditos: Tia Gi

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Organizar a rotina de alfabetização


Antes de receber a turma de alfabetização, o professor deve planejar que atividades vão proporcionar o contato sistemático e significativo com práticas de leitura e de escrita



Aos 5 ou 6 anos de idade, as crianças percebem mais claramente que existem outras formas de representar o mundo sem ser por meio de desenhos cheios de traços e cor. Descobrem, enfim, a presença e a importância da escrita, que permite a todos comunicar ideias e opiniões por meio, por exemplo, de cartas, bilhetes, notícias e poemas. Mas, para que cada um dos pequenos dê esse grande salto no aprendizado, é preciso que a atuação do professor no Ensino Fundamental de nove anos esteja ajustada a esse propósito.

O passo inicial é definir com antecedência as atividades que vão fazer do ano letivo um encadeamento de descobertas, cada uma delas mais desafiante que a outra. "O educador precisa ter uma visão geral do trabalho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período".

Nesse planejamento é importante considerar que cada criança já está em processo de alfabetização. "Antes de irem para a escola, os pequenos tiveram contato com práticas de leitura e de escrita, com maior ou menor grau de espontaneidade, ao escutar os pais lerem histórias, ao folhearem livros ou ao verem adultos e outras crianças escreverem". O que muda é que na escola esse processo passa a ser intencional e sistemático, ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante.

Para chegar ao detalhamento da rotina semanal de uma classe de 1º ano, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados para permitir às crianças entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. "E não é necessário ter sempre novidades programadas. A continuidade dá segurança aos alunos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles".Um planejamento acertado contempla três tipos de atividade.

1. Atividades permanentes

São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem:

1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc.

2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc.

3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis.

4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor.

2. Sequências de atividades

São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto.

3. Projetos didáticos

São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.

Avaliar sempre

Com base nas atividades essenciais e a frequência com que devem ser realizadas, o professor pode fazer uma programação detalhada do que vai trabalhar durante o ano . Após essa distribuição, é possível fazer agendas de 15 ou até 30 dias de aulas, dia após dia, de segunda a sexta-feira. Essa é uma etapa de grande importância no planejamento. Nela, os projetos didáticos e as sequências de atividades também são elaborados em detalhes, definindo-se justificativas, tempos de duração, materiais necessários, aprendizagens desejáveis e desenvolvimento passo a passo.

Colocar tudo no papel faz pensar na forma de realização das atividades, além de antecipar a necessidade de separação ou de compra de materiais: que livros devo ter à mão para ler aos alunos? Quais voltarei a ler ao longo do ano? Quais devo ter em maior quantidade para permitir que todos acompanhem a leitura? Como escreveremos a lista de nomes dos alunos? Como eles vão se apresentar à turma?

Outro cuidado importante é, logo nas primeiras atividades, identificar que habilidades, conhecimentos e dificuldades cada aluno traz de suas experiências de vida, seja em casa, seja na escola. "Esse é o momento de observar, tomar nota e refletir sobre a atuação de cada um em tarefas coletivas, em atividades realizadas em duplas ou trios e em momentos de trabalhos individuais, o que permitirá acompanhar a evolução dela no ano".

A classe pode ter crianças em diferentes níveis de conhecimento em relação à escrita. O professor não deve encarar isso como um problema. Cada aluno é importante e traz características que devem ser identificadas e aproveitadas. A orientação é ajustar o foco, pensar nas possibilidades de interação e troca e seguir em frente com o trabalho.

Há uma infinidade de descobertas a serem feitas por seus futuros leitores e escritores, e eles vão precisar de muitos desafios para dizer o que pensam e compreender o que leem.


Fonte: Nova Escola
Créditos: O mundo da alfabetização

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ditados divertidos

ditado em duplas - o professor um pequeno trecho que deverá ser ditado e organiza a turma em duplas heterogêneas, envolvendo os alunos com maior ou menor facilidade em ortografia. Quem tem maior dificuldade dita primeiro. Além de ditar, o aluno deve também acompanhar o que o colega está escrevendo e apontar os erros que for encontrando. Depois quem escreveu primeiro dita ao outro o mesmo texto. Isso permite que a criança com mais dificuldades possa obter melhores resultados e se encoraje para aceitar novos desafios.

jogo de ditado - há ainda uma outra variação interessante que permite trabalhar a articulação entre aumento da velocidade na escrita e redução de problemas ortográficos. O professor põe no quadro-negro várias cópias do texto a ser ditado. O aluno deve se dirigir ao local em que estão afixados os textos, memorizar um trecho, voltar à sua carteira e escrever a passagem. Vence quem escrever em menos tempo, com letra legível e menor número de erros.

ditado com adivinhações - você cria quadrinhas com características de determinados objetos, animais, os alunos têm que descobrir do que você está falando e escrever o nome.
Ex.: sou pequena, redonda e faço a alegria dos meninos. Sou a __________

ditado musical - coloca-se uma música para os alunos escutarem. No momento que ela para, os alunos devem escrever a última palavra que ouviram. Uma variação: ter a letra da música com lacunas, depois de ouvir a música, escrever as palavras que faltam.

ditado completando frase - a professora escreve uma frase incompleta e dá 2 ou 3 opções de palavras para que os alunos completem a frase. Essas palavras não são escritas. Ex.: A cassa é ______________. (pequena, amarela, bonita). Pode aumentar o grau de dificuldade pedindo que completem a frase com duas palavras.

ditado relâmpago de frase - a professora escreve uma frase e pede que leiam. Em seguida, apaga a frase e pede que escrevam.

ditado com apoio - colocar um cartaz com as sílabas, acentos, r, s, n, m, l, u e vogais. Ao falar uma palavra, apontar para as sílabas da mesma. Em seguida as crianças escrevem a palavra ditada. Funciona como um "jogo da memória".

ditado soletrado (Sonia Ubeda) - "dito a palavra e as crianças soletram sílaba por sílaba.
Isso tem auxiliado bastante o processo de construção de escrita de minhas crianças. Durante o ditado costumo lançar perguntas como: é com z ou s? x ou ch? porque? porque l e não u?
Mesmo os que ainda não conseguem escrever de forma convencional, conhecendo as letras do alfabeto, conseguem acertar a maioria das palavras e isso gera maior estímulo e confiança."

ditado em colunas - o professor entrega aos alunos uma folha com várias palavras escritas em colunas. O professor dita a palavra e os alunos riscam na lista a palavra ditada.


ditado com imagens - o professor mostra gravuras ou objetos e as crianças escrevem a palavra. Ou então mostra a palavra e eles fazem os desenhos.


ditado com dicas - o professor dá as "dicas' para o aluno descobrir a palavra.
"É amarelo, redondo e ilumina a Terra". (Sol)
"É cheiroso e usamos para tomar banho". (sabonete)
Variação: os alunos dão as dicas para os colegas.


ditado relâmpago - este ditado visa principalmente ao treino das dificuldades ortográficas. Mostras a palavra numa ficha ou escrever no quadro.
O aluno lê a palavra. O professor esconde a palavra e o aluno escreve a palavra.
Depois, o professor mostra a palavra.


autoditado - os alunos escrevem uma lista de palavras que quiserem. eles gostam muito deste tipo de ditado e ao fazê-lo aumentam sua autoconfiança, procurando melhorar cada vez mais e errar menos.


ditado de memória visual - o professor mostra uma gravura com desenhos de diversos objetos, animais, tipos de alimento, frutas, etc.
É dado um tempo para os alunos memorizarem os objetos que constam na gravuram.
Depois, o professor retira a gravura e os alunos procuram escrever os nomes dos objetos. quem escrever mais palavras será o campeão.
Variação: em vez de mostrar desenhos ou gravuras, o professor mostrará um grupo de palavras de treinos ortográficos estudados pelos alunos.


ditado cochicho - o professor mostra a palavra numa ficha ou escreve no quadro.
Ele fala a palavra bem baixo, exagerando a sua articulação.
Os alunos lêem a palavra em voz alta.
Os alunos escrevem a palavra.
Depois, conferem se escreveram a palavra certa.


ditado desenhado - ler as palavras das fichinhas e fazer os desenhos correspondentes nos quadrinhos.


ditado recortado - colar ou copiar no lugar certo das palavras correspondentes aos desenhos.


ditado adedanha - o professor sorteia uma letra do alfabeto.
Os alunos vão escrever nomes: animal, planta, objeto, etc.


ditado de bingo - o professor prepara as cartelas do bingo com as palavras.
Os alunos marcam com um x as palavras que forem sorteadas.


ditado enigmático - escrever somente a primeira letra do desenho e descobrir as palavras.
Ex.: desenhos peteca, olho, rato, tartaruga, anel.
P O R T A


ditado surpresa - coloque alguns objetos dentro de uma caixinha bem bonita e passe durante a aula pela sala. As crianças vão tirando os objetos e escrevendo sua lista.


ditado lacunado - o aluno recebe a cópia de um texto do qual foram retiradas algumas palavras. Sua tarefa é acompanhar a leitura do professor e completar as lacunas. A atividade permite ao professor selecionar os aspectos que pretende explorar, como palavras acentuadas, r ou rr, l ou u, s ou ss, por exemplo. Outra maneira de trabalhar com o ditado lacunado é envolver os alunos na seleção de palavras que eles considerem difíceis. Em geral essas palavras são aquelas em que há o emprego de letras rivais para uma mesma posição. Um grupo de alunos seleciona previamente as palavras que devem ser omitidas da cópia e dita o texto aos demais. Depois outro grupo realiza a tarefa.

(fonte: grupo professores solidários)

Créditos: Tia Gi